quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Deus Morreu (Nietzsch 1844-1900)



Não ouvistes falar de um homem louco que, numa manhã clara, acendeu uma lanterna e correu para o mercado gritando sem cessar: "Estou procurando deus, estou procurando Deus"? O homem louco, saltando no meio da multidão e atravessando-a com o olhar, gritou: "onde está Deus?" Eu lhes direi: Matamos Deus. Vós e eu. Somos todos assassinos. Mas , como pudemos fazer isso? Como pudemos beber o mar até a última gota? Quem nos deu uma esponja para apagar o horizonte inteiro? Que fizemos quando arrancamos esta terra do seu solo? Para onde nos dirigirmos agora? Para onde vamos? Não vagamos em um nada sem fim? Não sentimos o alento do espaço vazio? Não faz mais frio? A noite não nos obscurece constantemente? Não nos consolamos mutuamente, nós, os assassinos dos assassinos? O ser mais poderoso e mais sagrado qeu o mundo possuia, nós o sangramos e o degolamos com os nossos cutelos. Ô Zaratustra! Tu, o mais cruel dos Nemrods, outrora caçador de Deus, rede em  que se captavam todas as virtudes, flecha do mal! Hoje perseguido por ti mesmo, tua própria presa, ferido por tua própria flecha, enforcado por tua própria corda, conhecedor de ti mesmo, algoz de ti mesmo! Procuravas o fardo mais pesado e te encontraste a ti mesmo... Não podes mais libertar-te de ti mesmo.... Toma cuidado, homem! Que diz a meia-noite profunda? Eu dormi, dormi... e acordei de um sonho profundo... o mundo é profundo, mais profundo que todo o pensamento do dia, profunda é sua pena, a alegria mais profunda que a profunda dor... a dor diz: vai-te mas toda a alegria quer a eternidade, a profunda , profunda eternidade...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

UM MOMENTO.

Assim, em terreno dispersivo, não lute.
Em terreno fácil, não pare.
Em terrento controverso, não ataque.
Em terreno aberto, não tente barrar o inimigo.
Em terreno de estradas cruzadas, faça alianças.


Em terreno difícil, marche sem parar.
Em terrenos propícios à emboscadas, elabore planos de contingências.
Em terreno sem saída, LUTE!
(Sum Tzu, A Arte da Guerra)